quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Mobilização contra a dengue em Itaperuna




Com a chegada das chuvas (entre meados de outubro e início de novembro) e a proximidade do verão, inicia-se um ciclo assustador e significativo em relação à dengue. O número de criadouros que contém as larvas do mosquito Aedes aegypti, o transmissor da dengue, é grande nos imóveis, com isso, o IIP – Índice de Infestação Predial – cresce seu percentual, fazendo com o que o risco de uma epidemia aconteça no município.

Preocupado com as últimas estáticas relacionadas à dengue no Estado do Rio de Janeiro, o secretário Municipal de Saúde Crébylon Nino Gonçalves, tem conferido ao NICES, a responsabilidade de promover todas as orientações necessárias de Educação em Saúde e Mobilização Social, junto à população itaperunense. “O objetivo é manter um equilíbrio de controle ao mosquito Aedes aegipty em nosso município. E para que o morador esteja sempre alerta e se precipite em cuidar de suas casas, ambientes de lazer, escolas, terrenos baldios e multiplique essa prevenção de forma assertiva”, diz o secretário.

Ações de prevenção em Itaperuna

No mês de outubro, com o evento que culminou na inauguração da Academia Popular ao Ar Livre (no Centro Poliesportivo Edgar Pinheiro Dias) e a Semana de Ciências e Tecnologia sobre Mudanças Climáticas, a Secretaria de Saúde, através do NICES,  montou um estande voltado à orientação de como deve ser o comportamento da população durante e depois das enchentes.

Gesiney Botelho, coordenador do NICES, aproveitando a presença do prefeito Fernando Fernandes (Paulada) no estande da Secretaria, informou-o sobre o “Ciclo das Estratégias de Controle da Dengue”, que o NICES desenvolve desde o inicio do ano e a atual situação da dengue no município do Rio, que já contabiliza 130 mortes este ano. Gesiney ainda mencionou a possível grande epidemia anunciada pelo secretario de Saúde de Estado Sérgio Luiz Côrtes, para o final de 2011/2012 em todo o Estado.

O prefeito Paulada determinou ao NICES que agilize as ações integradas de prevenção a dengue, seja em forma de palestras ou outras atividades, mas que busque mostrar a sociedade o quanto é necessário e essencial essa guerra contra o mosquito transmissor da dengue. “A luta contra o Aedes aegipty deve ser uma ação contínua e de todos. A Educação em Saúde e Mobilização Social é ferramenta primordial enquanto estratégia de prevenção. Devemos unir forças, poder público e sociedade em geral, para não termos uma epidemia”, diz Paulada.

No início do mês de novembro, como acontece regularmente no pátio do Centro de Saúde Dr. Raul Travassos, foi montado um estande com a finalidade de repetir  as recomendações que a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, vem indicando para os municípios do interior, pela  iminência de  uma possível epidemia por  dengue em grandes proporções, entre o final de 2011 e inicio de 2012 em todo o Estado do Rio de Janeiro.

Estande informativo

Os técnicos do NICES Raul de Oliveira e Josely Vieira Galvão prepararam  um estande informativo, onde as pessoas  que chegavam à unidade de saúde  para o atendimento médico ambulatorial, eram abordadas e feitas as  ações de aconselhamentos de forma verbalizada  e ilustrativa, por meio de folders e cartilhas confeccionadas pelo NICES.

Desde o inicio de 2011 os técnicos da Educação em Saúde vem viabilizando junto às escolas, indústrias e comércio, associações de moradores, igrejas e a sociedade em geral, as recomendações necessárias para a prevenção da dengue  e o enfrentamento para a  eliminação dos depósitos que possam acumular água, onde a fêmea do mosquito Aedes aegypti possa eventualmente fazer a sua postura, e consequentemente produzir o nascimento de novos mosquitos.

Dentre as várias medidas tomadas está a da ‘Orientação da Vistoria em sua  Residência’, feita pelo próprio morador, criada em 2009 pelo NICES, onde em um perímetro de 50m² em sua casa,da laje até o quintal, o proprietário faz sua própria ‘inspeção domiciliar’, a busca de inservíveis que possa acumular água e servir de criadouro para as larvas do Aedes aegipty. “As ações devem ser dinâmicas e explicativas  podendo acontecer no pátio de uma escola, nas praças ou em um setor da prefeitura. O importante está na técnica da abordagem  que deve ter como  principal foco a mensagem educativa e  informativa voltada ao risco que causam  os depósitos que possam acumular água parada para  o nascimento das larvas do  mosquito transmissor da dengue e diretamente a doença dengue” ressalta Raul de Oliveira.

Gesiney Botelho disse  que o secretário de Saúde da Prefeitura  do Rio de Janeiro, Hans Dohman, acredita que esta  seja a maior epidemia de dengue da história na capital do Rio de Janeiro, por isso  é fundamental que a população se mobilize para o enfrentamento. “É o que devemos fazer aqui em Itaperuna”, completa Gesiney e continua: “toda a ação que o NICES está desenvolvendo tem bases focadas no trabalho educativo com finalidade  preventiva. Devemos criar situações que sensibilize a sociedade para que ela se organize e se mobilize por um só ideal, impedir a dispersão da doença dengue em Itaperuna. Só conseguiremos isso se todos estiverem realmente imbuídos neste processo. A própria população pode estar agenciando atividades junto as suas comunidades, seus grupos de trabalho, de estudos, segmentos religiosos e até parcerias com as várias secretarias do município entre outros recursos”. 

Considerando a possibilidade de esta ser uma das maiores epidemias de dengue para o verão em todo Estado, médicos e especialistas expõem que toda apreensão está voltada às crianças. Segundo eles, os menores de 15 anos não se encontram  imunes aos vírus circulantes neste período. “As recomendações são sempre as mesmas, mais não podemos parar de advertir. Das várias formas de propagação para o nascimento das  larvas do mosquito Aedes aegipty, a mais banal é a chuva, basta cair algumas gotas e ter um depósito para  acumular água e pronto. Normalmente são inservíveis depositado pela própria pessoa como uma garrafa PET ou até mesmo um saco plástico, num quintal ou terreno baldio  e está completado o ambiente ideal para que a fêmea do Aedes aegypti  faça a postura de seus ovos .Por isso, vistoriem suas residências, limpem os quintais e não joguem lixo em terrenos baldios. Sem o empenho da cidadania não sairemos vitoriosos desta batalha”, concluiu Gesiney. 

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